quarta-feira, 25 de novembro de 2009

É NATAL


Eu queria, queeeeero... e nem precisa de lacinho.

NINGUÉM ME IRÁ PARAR!

Mobilidade reduzida? Vejam é se estou na esquina...



Informações aqui.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

ACEITO SUGESTÕES

E com esta chuvinha, não é que adormeci mesmo?!

Mas caramba, assim não pode ser, tenho de mudar de ofício. Entre ser tia de santo (com um lenço branco na cabeça) ou santinha mesmo, não sei qual escolher.

Lembro que dantes as velhotas da minha terra davam-me beijinhos na testa e diziam Que santinha linda!

terça-feira, 3 de novembro de 2009

TERAPIAS OCUPACIPONAIS



Um facto incontestável é que não sei fazer nada. Em miúda, ainda gostava de descascar feijões e ervilhas. E adorava ter uma bacia de roupa para “lavar”. Com sabão, muita espuma de sabão!
Agora não faço nada, só escrevo. Agora escrevo porque não faço nada.

Ah, também durmo...

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

5.ª PUNKADA



Até há pouco tempo anunciava, com ar de sonho e resignação, a minha vontade de dançar...

Estes artistas não conhecem limites, vivem como se fosse muito fácil respirar.
E tiram-me o fôlego!

terça-feira, 13 de outubro de 2009

CONFISSÃO

Habituei-me muito ao “não posso” e fui ficando, ficando, ficando...

É tão prático aproveitar a canção de embalar. Não largar a barra da saia da mãe. Ser menina de cabelos brancos.

E depois? Depois quero, queria tanto... mas não posso.

Minha culpa, minha máxima culpa.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

PARA UMA AMIGA E A SUA LINDA DISTONIA

Não há cura, não há milagres, só a esperança que às vezes brinca e espreita atrás da porta, piscando o olho como a querer dizer por aqui, há um mundo novo para experimentar.
E porquê não? É só dar consentimento para que a ciência faça e aconteça, tenha mão segura para actuar no funcionamento íntimo do cérebro que é também alma e espírito, miolo agudo do Ser que, por sonhar, acredita por inteiro, de corpo e vida.
Depois, há circunstâncias bem sucedidas que enchem as notícias com aplausos de um Lázaro que caminha entre os que têm de esperar por outros deuses, por outros tempos mais futuros, por novas descobertas mais certas.

Ah, como é difícil superar as decepções, mesmo quando já estamos habituados a sermos livres e felizes.



O que é a distonia? Ver aqui.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

SEM FUGAS


Há problemas que podem ser resolvidos com uma perna às costas.

Complicado é não tem como levar as pernas quando uma roda fura. E nem há lugar para pneu sobresselente.

Assim, cada parafuso no seu sítio certo: Ter pernas ou ter rodas não é a mesma coisa.

Quando se tenta acreditar neste tipo de fantasias, disfarça-se a realidade, aquela que para ser vivida tem de ser olhada de frente.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

JUÍZO E CABEÇA FRESCA


Se ao menos pudesse andar de canadianas, nem que fosse com um caminhar todo desajeitado (era pedir demais, bem sei...).
Mas, e se não tivesse movimentos involuntários? (quer dizer, se conseguisse estar mais quietinha...).
Pensando melhor, bastava-me controlar um braço. Ou só uma mão. Ou apenas um dedo...

Quero lá saber.

O que queria mesmo era falar bem.
Exagero, pois seria excelente, se falasse de uma forma minimamente perceptível.
Também não é preciso tanto e se falasse sem me babar, ficaria toda contente.

Que tontice: eu JÁ SOU CONTENTE PORQUE ME FALTA NADA, (só o juízo...)

terça-feira, 11 de agosto de 2009

COISA IRRITANTE



Não poder assinar nenhum documento sem pôr o meu dedinho. Ainda bem que as toalhetes de bebé são óptimas para limpar a tinta.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

LANÇAMENTO DE NOVO LIVRO DE LURDES BREDA NA PRAIA DE MIRA

Dia 10 de Agosto
22:00 Horas
Largo da Barrinha / Praia de Mira



No próximo dia 10 de Agosto, pelas 22.00 Horas, a escritora Lurdes Breda estará presente na Feira do Livro de Mira, que se realizará no Largo da Barrinha, Praia de Mira, para o lançamento do seu mais recente livro infanto-juvenil “A Nuvenzinha Cor-de-Farinha”, com ilustrações de Carla Figueiredo — Curso de Pintura da Sociedade Nacional de Belas Artes — e Lurdes Breda, editado pela Textiverso.

Este livro inclui o texto “O Caracol Turbulento e o Ciclo da Água” (de teor pedagógico, que alerta as crianças para a importância da água no nosso planeta). Segue-se uma sessão de autógrafos.

A apresentação da obra estará a cargo de Ana Cristina Jorge, Professora do 1º Ciclo do Ensino Básico e, actualmente, a exercer a função de directora no Agrupamento de Escolas de Arazede, Montemor-o-Velho.

A sessão conta com a intervenção do Grupo Poético de Aveiro — do qual a autora é membro — na leitura de vários poemas subordinados ao tema da água.


*** *** ***



A escritora Lurdes Breda é natural do Concelho de Montemor – o – Velho. Frequenta o curso de Línguas e Literaturas Modernas – Variante Estudos Portugueses, da Universidade Aberta. Escritora premiada em diversos certames literários nacionais e internacionais. Entre a edição e a co-edição, possui editadas as seguintes obras: O misterioso falcão de jalne”; “Asas de vento e sal”; “Zuleida, a princesa moura”; “Contos com Vinho Madeira – Cultura Madeirense na Forma Líquida”; “A Outra Face do Luar”; “Folhas ao Vento”; “Casa lembrada, Casa Perdida”.


quarta-feira, 29 de julho de 2009

TEMBÉM TENHO ESTACIOMENTO RESERVADO


Sempre que posso evito as caixas prioritárias dos super-mercados. Se há coisa que me desespera é passar à frente. Para quê, se estou sentada? Posso esperar, mas não me deixam, parece que é mesmo obrigatório... Bem, se é assim, vamos lá! Ainda bem porque quem me empurra, já mal se aguenta das pernas.

Afinal, tenho de ser útil em alguma coisa.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

AZERT

Enquanto a matemática foi esta

consegui aguentar-me com a minha velhinha máquina.



O problema foi no 9.º ano nos testes de geometria em que era preciso usar esquadro e compasso...


E agora?, perguntei à stôra que encolheu os ombros. Levei um 2 na pauta e mais nada... Salvei-me porque a senhora foi de licença de parto. Espero que tenha tido muitos meninos!

segunda-feira, 13 de julho de 2009

AI DE MIM, ASSIM NÃO VALE


Já ninguém me liga, que seca... Parece que agora ser deficiente é a coisa mais normal do mundo. Já não consigo fazer com que as pessoas embasbaquem à minha volta. Nem me lançam o piropo: COITADINHA, MAL EMPREGADA!

quinta-feira, 9 de julho de 2009

CAIXINHA DOS AFECTOS


No mais fino brocado está guardado o dia em que consegui ensinar o pequenito do meu sobrinho a andar de bicicleta. Será lícito gabar-me desta sublime proeza? Talvez sim, mas tudo se reduz perante a maneira confiante como um garoto se deixou amparar apenas pelo fio ténue das palavras...

quarta-feira, 1 de julho de 2009

A TÁCTICA DO MENOR ESFORÇO

Pensionista me confesso, que remédio!

Quando era uma jovem inconsciente dizia: Se pudesse, se me deixassem... Pura conversa fiada. Fiquei-me sempre pelo mais fácil e arranjei desculpas para sacudir a água do meu descapotável.

Agora, também me dá para lamentar pelas condições que não existiam no “meu tempo”. A preguiça, aliada a uma frouxa maneira de ser, é que foi muita. Não tenho pena de mim. Mas os outros deviam ter! Ora bolas...

segunda-feira, 22 de junho de 2009

DETALHES


É um pouquinho incomodo não conseguir estar descalça (nem de chinelos) para arejar os pés nestes dias de calor. Se o tentasse, magoava-me nos ferros da cadeira. Sorte é que eles nunca transpiram nem cheiram mal, são uma espécie de pés de santa, digo eu que nunca os cheirei!

Obs: Não aceito reclamações.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

O MEU QUEIXO


Pensei em dar a este blogue um título que mostrasse alguma analogia com “O Meu Pé Esquerdo”. Acontece que, até nisso, o meu desarranjo motor sai fora dos padrões e não há pés nem mãos que me valham. Por disparatado que pareça, é com o queixo que escrevo e “funciono” (queixo mesmo, e não confundir com queijo). Tenho uma adaptação da qual sai um ponteiro e é assim que teclo... tic-tic-tic-tic.

Atenção: apesar de todos os meus tremeliques, consigo manobrar uma cadeira eléctrica com a mão. Tenho a certeza porque já experimentei. Ninguém melhor do que eu para saber dos meus limites.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

COMIGO, TODOS OS CUIDADOS SÃO POUCOS


Sou velha, mas a minha cadeira é pré-histórica. Até já foi cobiçada para fazer parte duma exposição de objectos em desuso.

E porquê não tenho uma cadeira moderna e eléctrica como deve ser? Simplesmente porque os maus pais não deixam. Apesar dos meus cabelos brancos, dizem-me sempre: Ó miúda, tem juízo, para quê queres uma cadeira eléctrica?

E eu, como sou maluca, vou dando-lhe ouvidos. Afinal, eles precisam de andar agarrados a mim para se apoiarem. Sem mim, teriam de se servir duma muleta.

Para além de correrem o risco de eu sair disparada por aí, a sacar cavalinhos e piões!

quinta-feira, 28 de maio de 2009

PROTESTO


Com toda esta boa “pancada” porque é que demoram tanto a apareceu no YouTube?

Ó Faaaaaausto, canta prà mim!.....

sábado, 23 de maio de 2009

UMA BOA OPORTUNIDADE


Para quem quiser livrar-se de mim... é só dar um empurrãozinho!

Mas atenção, o estratagema não é seguro porque, apesar da minha cadeira não ser “racing”, ainda posso cortar a meta em 1.º lugar. Basta abrir os braços e deixar-me ir em roda livre.

terça-feira, 19 de maio de 2009

CABO TERRA


Devia explicar o que é a paralisia cerebral, mas não sendo da minha competência, sugiro a consulta deste link, entre muitos que estão ao dispor de quem tenha algum interesse no assunto.

Posso é sintetizar e dizer que a cabeça é como uma central eléctrica, com um fio para cada coisa e é ao nascer, no primeiro sopro de oxigenação, que toda a máquina cerebral é activada. Como demorei a chorar, fiquei com os dois cabos avariados: Um que me descontrola os movimentos (tipo moinho de vento) e outro que me enreda a fala.

Apesar disto, sou uma irritante “tagarela”... E fico por aqui, antes que me mandem calar!

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Mas ainda me vingo um dia, se não for antes...

Paralitica cerebral, eu?

Ó Dr. Freud, que mau gosto, essa deixa-me mesmo traumatizada!

O pior é que não sei com quem ajustar contas.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

QUE SORTE!!!


Posso envelhecer à vontade porque nunca vou agarrada a uma bengala... Yes!

segunda-feira, 11 de maio de 2009

E AGORA?


Agora sou torta, torta com toda a convicção! Gosto de remar contra a maré, mas sem levantar grandes ondas...

domingo, 10 de maio de 2009

Por um triz













Nasci como morta.

Se não me tivesse respingado a tempo, teria ido para os anjinhos.