Preciso parar de morrer.
Tenho de lavar os olhos
E ir para o Sol, para o lugar das palavras arejadas,
Atravessar pontes, encontrar caminhos,
Cruzar-me com os gatos mais assanhados,
Partir vidros, vandalizar todas as estrelas do firmamento,
Riscar paredes, dar pontapés nas latas
Para que me ouçam os deuses da alegria
Fazer trinta por uma linha bem torta,
Ressuscitar as horas mortas,
Bater em muitas portas,
Mudar os ventos e as marés,
Entrar em todos os sentidos contrários
Para trocar as voltar ao mundo,
Para trazer à tona o que está no fundo,
Para sentir outro tempo muito mais fecundo,
Para inventar outro riso e outro juízo,
Outra forma de ser e acontecer…
Preciso!
6 comentários:
Quantas somos?
Ó Cardosa, estás à espera de quê para publicar?
Informo que o comentário anterior é meu, Maria Saphou Vaz, e não dessa Seteluas plagiadora.
Penteia os cabelos menina
E seca os olhos molhados
Que não te assuste a neblina
Não há destinos selados.
Beijo. Penso em ti
agora tb vou lavar os olhos...
bj
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