quinta-feira, 24 de março de 2011

POEMA LÚDICO

Gosto de brincar com as minhas caixas vazias
E também com as sombras das minhas mãos
Que fazem desenhos de gatos nas paredes
Gosto de ouvir os alfinetes dentro das caixas vazias
E se as minhas mãos não têm gestos
É porque as luzes se apagam e as paredes ficam frias
Nunca saltei ao arco nem à corda
Só tenho jeito para abrir e fechar gavetas
E também para estragar torneiras e interruptores
As minhas palavras vazias
Estão cheias de alfinetes e de gatos
Há sombras que nunca desaparecem do chão
Que ficam como cicatrizes molhadas
E nunca se evaporam com o Sol nem com a chuva
Dentro dos meus óculos só ouço as cores do arco-íris

8 comentários:

teresa g. disse...

hum...

Blimunda disse...

Ai do do brando, cinzento e preto!

mac disse...

eu gosto de caixas cheias
a abarrotar de amigos
fazendo sombras no chao
e despertando sorrisos

privada disse...

Man, és tu Mofina, bem sei que és!

Mofina disse...

Cala-te man, a Cabelos Brancos quer fazer-se por mim... Mas não consegue, isso é óbvio!

teresa g. disse...

Cuidado, Privada, a Cabelos Brancos ainda é mais perigosa do que a Mofina, corre tudo à bengalada.

mac disse...

Vai a Pasárgada, Cãs.

mac disse...

Cãs, esta coisa anda um cadito abandonada, não?...